domingo, 31 de janeiro de 2010

Então, você já soube da última? Menina, se segura que a fofoca é grande. 

É mais ou menos assim que os meus dias têm sido. Fofocas por todos os lados. Algumas verdadeiras, outras nutridas por mera curiosidade, fantasia e ainda a falsa certeza que me conhece muito bem para saber exatamente o que eu ando fazendo.

Quem muito fala, faz pouco. Mas e quem não fala, faz muito? Pode até ser que sim, mas como eu não sou mineirinha... "Deixe que pensem o que quiserem, que falem o que acharem" minha mãe sempre disse. E é mais ou menos isso. Não que eu não deva satisfação ou não conte nada pra ninguém, mas aprendi - e aprendi muito bem - a ter cuidado à quem eu deixo qualquer informação. Não tenho por que mentir sobre nada ou esconder nada, mas também não tenho motivos pra sair falando com gente que - me desculpe - eu mal conheço ultimamente.

"Esperta é a Deborah, que faz de tudo e não conta pra ninguém." Não. Correta é a Deborah que respeita os próprios valores e a si mesma.

Sou inteiramente fiel e leal a mim mesma. Aos meus valores. À quem eu sou. 
Não a quem pensam que eu sou.

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posted by Deborah Luisa at 13:18 | 0 comments
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Eu confesso que não estou na minha melhor fase pra escrever. Lotada até o último fio de cabelo de coisas pra estudar, com uma pressão enorme nas costas de ser aprovada (pressão que, segundo minha mãe, sou eu mesma que me imponho), a estranha e difícil convivência com a Carmen, a saudade de casa, as vésperas do aniversário. As vésperas...

Pedi com todas as forças para que essa semana e a próxima fossem as mais amenas possíveis. Bem rotineiras, sem nada de diferente. Nenhuma anormalidade.

E, surpreendentemente, era pedir demais.  Uma frasesinha de nada teve todo esse efeito. Imagina, uma única olhada no e-mail e eis que sou pega de surpresa. De repente minha mente volta anos atrás, lembranças de um tempo onde tudo girava em torno de um grupo de gente de tudo quanto é lado do país. Saudade de gente que já foi especial demais.


É, deu saudade. Mas ao mesmo tempo, deu vontade de não olhar pra trás. Não vou e não quero desenterrar o que já passou. Dá saudade, como todas as coisas boas que passam, mas isso ainda não é motivo suficiente pra me fazer arriscar. Outra vez.

Eu sinto muito por esse tempo todo de silêncio. Se hoje as coisas estão como estão, bom deve haver algum sentido nisso. Nem eu mesma entendo o porquê, mas talvez, agora seguir adiante, sem olhar pra trás. Há muito o que fazer lá fora.

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posted by Deborah Luisa at 10:33 | 0 comments
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Era demais pensar que finalmente minha busca tinha chegado ao fim, que agora sim, depois de tantos tropeços, rios chorados e desilusões, a princesinha teria seu conto terminando em reticências. Era demais. 


É assim que as coisas são. E agora, depois de mais rios chorados, eu finalmente entendo o que fazia  tudo funcionar. Amaldiçoei a distância tantas vezes sem me dar conta de que, na verdade, era ela que sustentava tudo. Era ela, quase que sozinha nos mantinha de pé, nos amarrava nessa história. Amaldiçoei e odiei minha maior aliada. Até que ela cansou de nunca receber nem um "obrigado" e desistiu de fazer o seu trabalho. O fim era invitável, a distância foi embora. E de perto tudo é muito duro, tudo é perto demais. 

Talvez eu mesma seja o problema. Esse negócio de proximidade não é o meu forte, eu confesso. Mas a compreenssão e a paciencia de esperar eu ter meu tempo de aceitar alguém assim tão perto não eram pontos fortes do alheio tampouco. No fim das contas, começo a realmente achar que com a distância é mais fácil. A distância faz pensar que a proximidade é perfeita, faz esquecer que o outro também é humano, que tem defeitos, muitas vezes difíceis de lidar. Se idealiza uma perfeição que não existe e que depois, de perto se torna frustrante. É lindo idealizar encontrar o outro, dormir de conchinha. Mas de perto pode ser frustrante se o outro resolver roncar na sua orelha a noite inteira. Lá se vai a perfeição. É frustrante ver a perfeição idealizada transformada em realidade. E é isso que acontece na maioria das vezes. 



Eu não sei lidar com a frustração. Não tenho esse jogo de cintura para aceitar que a  perfeição idealizada não seja tão perfeita assim. Tento, com tudo que posso, me adaptar. Tento buscar um equilibrio entre a fantasia e a realidade. Um equilibrio entre a frustração e a frieza. Não voar demais e não me tornar fria demais. Alcançar esse equilíbrio para não terminar como pessoas que, como eu, criaram essas fantasias e depois de tantas desilusões acabarem preferindo as suas próprias ilusões. Pessoas que se tornaram frias demais, autosuficientes demais. E no fim das contas, nunca tiveram um conto terminando nas reticências.

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posted by Deborah Luisa at 20:12 | 0 comments