domingo, 29 de novembro de 2009
"...
- Sorry about the nose. And the eye... and the... eyebrow.

- Guess I deserved it.
- If I thought that, I wouldn't be apologizing.
- Your fist slipped?
- Everybody kept bugging me, asking if I was okay.
- So you busted my nose to keep people off your back.
- Pretty much.
- Making people even more worried about you.
- Maybe. But at least, they're not talking to me about it.
- Fair enough.
- Cheers.
..."

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posted by Deborah Luisa at 15:43 | 0 comments
sábado, 28 de novembro de 2009
"Eu não pedi a Deus pra que você aparecesse. Também não pedi pra não aparecer. Mas não precisava ser assim, ser agora, ser no meio de tantas situações. Finalmente, quando eu podia enxergar nitidamente o mundo, você se coloca entre mim e ele. E de repente não resta mais nada. De repente, você é a janela. De repente, dúvida vira constatação. Tão de repente que não precisava.

Você não precisava ser assim simpático. Não precisava ter esse jeito de falar. Não precisava saber meu nome, nem se aproximar tanto, nem existir tanto.Você não precisava estar ali. Mas você é, fala, se aproxima, existe e me olha de um jeito que, talvez eu realmente esteja viajando, mas é você quem paga as passagens. Tão intenso que não precisava. Tão suficiente que não precisava.

E eu me sinto a idiota de sempre. Eu faço dos meus sonhos, meus maiores pecados. Eu vi algo de mim em você e mesmo sabendo que não posso, não devo, não ousaria e NÃO PRECISAVA, mergulho. E nado em você por todo o tempo. Porque o tempo, apesar de precisar, já não existe.

De repente me instiga, me sufoca, me chama. De repente, deixa o mundo existir outra vez. De repente você está lá, nadando num mar distante do meu. Vivendo uma história que não é a minha. Existindo em mais lugares do que supõe.

É... não precisava.
Mas já preciso."


Milena Gouvea.
www.blogdamilena.blogspot.com

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posted by Deborah Luisa at 01:10 | 0 comments
=)
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
... e pode parecer que não,
mas eu te tenho bem na mira
e você me tem na mão.

;)

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posted by Deborah Luisa at 19:46 | 0 comments
sábado, 21 de novembro de 2009
Estava no jantar de açao de graças da universidade, cercada de pessoas novas que cursam business (e somente falam inglês), eis que surge uma conversa interessante. a teoria do broke up/broke down. Os dois termos tem o mesmo sentido, mas a explicaçao de um dos meninos, que surgiu em um diálogo, foi ótima:

- So, did you broke up or broke down?
- What´s the difference? Its not the same?
- No. Look, its simple. Are you thankful or sad about the end?
- Thankful, i think. Now i can party.
- So you broke up. See? UP. If you were sad about it, it would be broke down.
- Yeah... it makes sense.

=)

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posted by Deborah Luisa at 00:30 | 0 comments
segunda-feira, 16 de novembro de 2009









Estou a caminho. Eu acho. Pedi algumas informações, mas sabe como é, tudo depende de você.
- Tá perdida, moça?
- Anh, não exatamente, só quero encontrar o caminho certo.
- Caminho certo, mas certo pra quê? Vê, tem vários caminhos, e todos são certos. O que é o caminho certo pra você?
- Humm...
Procuro analisar as opções. Dou uma espiada, tentando enxergar o que posso encontrar mais pra frente em cada um deles. Analiso cada um, curiosa, esperançosa. E volto pro início.
- Eu quero um caminho seguro.
- Bom, isso também depende. Ninguém morre por estes caminhos, então pode-se dizer que todos sao seguros, certo?
- É, eu acho.
- O que você está procurando, exatamente? Onde pretende chegar?
- Eu não sei. Quero trilhar algum caminho. Quero olhar a paisagem e eventualmente conhecer pessoas que também estejam por ali. Mas não quero me machucar, com espinhos ou buracos. Nem estar sozinha.
- Bom, você não precisa escolher um caminho, se estiver assustada. Pode ficar aqui, observando as pessoas passarem. Eventualmente elas param aqui.
- Mas eu não quero ficar parada!
- Bom, então escolha um caminho. Nunca se sabe o que ou quem a gente encontra por eles. Às vezes, não se encontra o que se estava procurando. Às vezes, o que não estávamos procurando nos cai muito bem. Podemos buscar algo o caminho todo e só então perceber que estava ali o tempo todo. Ou não. Às vezes, procuramos a coisa errada, no caminho errado. Ou nem sabemos o que estamos procurando. E se estamos procurando. As possibilidades são infinitas. Você pode acertar de primeira, ou tentar alguns caminhos até descobrir o que você quer de verdade. Não se preocupe, é normal. Você pode se machucar buscando alguma coisa também. Mas isso também é normal. Como eu disse, ninguém morre tentando acertar.
- Hum, é tudo uma questão de sorte, então?
- Não. Sim. Não necessariamente. Porque não tenta? Escolhe um. Quem sabe, você se surpreenda com o que encontrar por aí. E depois pode chamar de sorte ou destino, como preferir.

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posted by Deborah Luisa at 21:41 | 0 comments
domingo, 8 de novembro de 2009
Quando meu primeiro namoro terminou, eu confesso que sofri por meses. Aquele estúpido sorriso amarelo e o clichê mais ridículo que já existiu acabaram comigo. “Olha, eu não te mereço.” Pro inferno com essa desculpa, por mais verdadeira que fosse. Passei muito tempo em companhia do sofrimento de fim de relacionamento, tanto tempo que eu não via a hora de ele ir embora pra nunca mais voltar. Até que um dia, o sofrimento de fim de relacionamento deciciu ir embora. Fez as malas, se despediu dizendo que tinha sido pro meu bem, e foi-se. Aliviada, eu desejei nunca mais vê-lo. Morria de medo só de pensar em terminar outro relacionamento (motivo pelo qual demorei tanto tempo a entrar em outro), morria de medo de ter que suportar toda a dor e o vazio de novo. Se desapegar de alguém dava trabalho demais e causava dor demais, sofrimento demais. Tudo que eu não queria de novo.

Até que um dia, decidi arriscar. O chão parecia firme, parecia destino, parecia que era pra ser. E eu fui. Deixei a cautela de lado, os medos e os traumas pra trás, e fui. Até que quase dois anos depois, chegou ao fim. De uma forma tao estúpida quanto a primeira. Quem é que diabos consegue terminar um namoro de tanto tempo assim, com duas frases pela internet, com uma frieza indescritível? Certamente não alguém que tem um coração batendo e sangue de verdade pulsando nas veias. Covardia, eu pensei.

Mas esse, não era problema meu. Eu estava naquele estado de choque em que não se sente absolutamente nada, sabendo que dali a pouco tempo eu reencontraria meu velho conhecido: o sofrimento de fim de relacionamento. E eu, que não queria isso por nada, teria que encarar. Sozinha, longe da família, longe dos amigos, num país estranho há pouco mais de dois meses. Gelei, o medo me invadiu por completa. Daí, uma coisinha escondida sabe lá aonde, deu as caras. Provavelmente cansada de tanto blablabla de medo, a coragem apareceu. E de fato, sair de mala e cuia de casa, encarar o desconhecido em um país estranho, sozinha, aos 21 anos, requer muita coragem. E coragem, meu bem, não é tao fácil de se encontrar por aí. Sorte a minha ter entrado tres vezes na fila.

Então eu encarei o medo. Entendi que o sofrimento pelo fim de relacionamento era inevitável e não me restava nenhuma opção a nao ser encará-lo. Se com apoio dos amigos, colo da mae e abraço forte de pai já é difícil, imagina ter que encarar sozinha! Pavor. Aí quem deu as caras foi o orgulho. Fez uma careta e mandou parar com a choradeira. É verdade que seria difícil, mas o essencial era eu mesma. Reencontrei cada partezinha de mim e me preparei para encarar o maldito sofrimento. Se era inevitável, eu iria encarar. Sem truques, sem atalhos, sem usar ninguém como escudo ou amenizador. O negócio era no mano-a-mano.

E assim eu esperei ele chegar. Assim que o choque passou, o sofrimento chegou, sem bater, sem fazer barulho. E ficou surpreso com o que viu. Certamente não esperava encontrar uma mulher impecável, maquiada, bem vestida, unhas feitas, sorriso no rosto e salto alto. Eu o cumprimentei e o convidei a entrar.

- O negócio é que não tenho tempo pra ti, dessa vez. Estou descobrindo um mundo novo, começando uma vida neste lugar, e simplesmente não quero desperdiçar meu tempo. Então vamos resolver de uma vez. Pode vir com tudo que tiver, que aqui a fibra é das mais fortes que se tem por aí. Sem trapaças, sem atalhos, sem voltas, sem usar ninguém. Cartas na mesa, jogo limpo. é um contra um, senhor sofrimento.

Então, ele puxou uma cadeira e tomamos um café. Passamos o dia colocando o papo em dia, afinal eram anos sem nos vermos. Já estava escurecendo, quando ele levantou e se despediu. Disse que não ficaria, mas que tinha apreciado a conversa. Diante da minha surpresa, deu um sorriso amarelo e se foi pelo mesmo lugar que entrou.

Não levei muito tempo para compreender. Ah...o maldito sorriso amarelo. O clichê mais velho e estúpido do mundo. O carma.

Dessa vez, eu não o merecia. E ambos concordávamos.

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posted by Deborah Luisa at 00:44 | 0 comments