terça-feira, 22 de dezembro de 2009
“ ...o mundo está nas mãos daqueles que tem a coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos... “

Este último sábado fui a um parque de diversões fabuloso, com alguns amigos novos. Apesar do meu receio de ir a um lugar assim com pessoas que eu conheci há pouco tempo, foi muito divertido. E também serviu pra eu ver que polacos podem ser legais, apesar de teimarem em falar polaco quando há pessoas que não entendem esse seleto idioma na volta. Mas foi divertido. Mais que isso. Foi um excelente sábado mesmo com o frio. Andamos e fomos em todo o parque. Quando estávamos na fila para ir num brinquedo (tipo o “crazy dance” nos parques brasileiros), comentávamos que aquele era o típico brinquedo para crianças e vovós e que por acaso só tinha crianças e vovós. E nós rimos de nós mesmos, cinco marmanjos com vinte e poucos anos esperando.

Até aí tudo bem, fomos no brinquedo e em mais outros diversos. Até que fomos no queda livre. Deixa eu descrever o negócio. Um brinquedo que te solta a 100 metros do chão, em total queda livre. Dá medo, muito medo. E um puta frio na barriga. A queda deve durar uns quatros segundos. E é aí que você descobre que quatro segundos duram bem mais que quatro segundos. Um dos meninos polacos amarelou e não quis ir. Mas nós, os quatro corajosos do grupo fomos. E eis a surpresa de ver aquelas vovós do início, na fila bem atrás da gente. E ainda mais, elas não estavam levando seus netinhos no parquinho, estavam lá pra ELAS se divertirem.

Eu achei fofo. Nunca imaginei que uma vovó, com seus cabelinhos brancos indo em um parque de diversões para SE divertir. E não para acompanhar os netos. Fiquei imaginando o quão legal seria ter uma avó “cool” assim. E o mais legal, não era uma vovó, eram quatro! Gente, se encontrar uma senhora de idade aventureira assim já é difícil, imagina encontrar quatro! Achei o máximo.

E isso me fez pensar no quão corajosas eram aquelas senhoras. Se pra ir num brinquedo como aquele já requeria um pouquinho de coragem (visto que um de nós teve medo de ir), fiquei imaginando a coragem que elas tinham de ir num lugar assim sem se preocupar, sem ligar para o que os outros iriam pensar. Pode parecer besteira, mas depois eu fiquei me perguntando, quantas vezes já deixei de fazer coisas por medo do que os outros iriam pensar? Nunca pintei o cabelo de loiro, por exemplo, de medo. Não beijei aquele menino, anos atrás, de puro medo. Faltou coragem, sei lá o que aconteceu, mas eu posso dizer que lamentei por não ter superado o medo e o “que as pessoas iriam pensar”. Eu, que sempre me julguei super corajosa enfim percebendo que não era tão corajosa afinal. Vencida no que eu julgava meu ponto mais forte.

Aquelas quatro vovós me deram uma lição de verdade. E realmente espero que um dia eu também possa ser uma velinha tão “cool” assim e que conforme eu cresça a minha coragem cresça junto. E que nunca morra antes de mim.





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posted by Deborah Luisa at 11:42 |

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