segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Ela nunca soube a hora de parar. Mesmo quando tudo apontava e indicava que essa fosse a solução, ela nunca parava. Talvez fosse esse negócio de orgulho ou de persistência. Essa coisa toda que nos ensinam a não desistir. Se desistir era para o fracos, bom, ela seria qualquer coisa, menos fraca. Se renderia à dor, ao conformismo, e as mancadas. A um amor desbotado e ao coração quebrado. Tudo para não ser fraca. 


Levou algum tempo e experiência pra ela entender que fraqueza é justamente o contrário. Que viver esse amor apagado, conformada com o coração inúmeras vezes quebrado, cheio de dores e problemas era a fraqueza. Ela nunca soube a hora de parar, mas sem saber bem o porquê, hoje o coração dela parou. Se era capaz de bater, mesmo quebrado e machucado, sem saber bem o porquê, ele desacelerou e hoje, enfim, parou. "Só sei que hoje eu quis um pouco mais de mim e um pouco menos de você."


E reescrevendo o que já foi escrito pela Milena:


"Não sei se chamo isso de fracasso, vulnerabilidade ou se é só uma lição. Sou vulnerável às mudanças do tempo e não tenho imunidade contra o desinteresse. Ninguém tem. Ninguém que teve um brinquedo, uma música favorita ou um sentimento extraordinário saberia eternizar o impulso do início. A insatisfação, muitas vezes, é o que faz as coisas andarem. E desta vez, ela me faz andar para um lado contrário ao teu.


Por mais que a contraditória aqui seja eu. Ou que as palavras tão firmes de antes hoje pareçam poeira. Se até a dona natureza, que é sábia, tem mudanças de estações, eu - que sei tão pouco de tudo - acho que também posso ter. E posso criar meu próprio tsunami se bem entender. Correndo o risco sim, de parecer volúvel. Mas nunca me entregando à mediocridade que é viver com um coração resignado. Ou de oferecer amor em um tom apagado. Se é vida o que você me propõe, considere a missão cumprida. Quanto mais inexplicável tudo parece, mais eu me sinto viva."












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posted by Deborah Luisa at 11:32 | 0 comments
domingo, 8 de maio de 2011
Gosto de pensar que impulsividade como intuição. Sempre quando algo fica monótono ou se precisa de uma mudança, lá vem essa inquietação lá do fundo de não sei onde atiçando a necessidade de uma mudança. 

Minha mãe cansou de dizer pra eu ter cuidado com essa impulsividade. Mas una a essa impulsividade, que já é difícil controlar, uma mocinha muito teimosa. Então você terá uma coisa incontrolável, que do nada aparece com alguma ideia pra virar a vida de ponta cabeça. Como um serzinho que não consegue ficar no mesmo lugar por muito tempo, uma revolução começa.

Tenho tido desses impulsos recentemente, e embora eu saiba que é o melhor pra mim, fica difícil não cair na tentação de cometer esses pecadinhos do ego. Talvez seja pelos dias difíceis que tenho tido, minha cabecinha simplesmente amanhece sugerindo mudanças bem drásticas. Como amanhecer na beira do Tejo. Porque fugir sempre é mais fácil.

Eu ainda não sei como tudo vai terminar, mas ao que tudo indica, minha impulsividade é a minha intuição. 

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posted by Deborah Luisa at 19:01 | 0 comments
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Você conhece um playmobil. Todo mundo conhece.

Imagine um bonequinho playmobil. Você o pega, joga no chão. Pisa em cima. Várias vezes. Torce o pescoço. Arranca o bracinho. Deixa cair em cima do cocô do seu cachorro. O cachorro pega com a boca, rói e morde. Estraçalha o bonequinho.

Aí você para e observa. Apesar de todos, TOOOODOS os estragos, possíveis traumas e sujeira, o sorriso babaca continua lá. Não importa o que você faça com a porcaria do boneco. O sorriso continua lá.


É bem por aí.

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posted by Deborah Luisa at 13:28 | 0 comments